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Você já viu melhoras retirando o glúten?

glúten Aug 26, 2022
criança comendo pão com fundo branco e verde

Assim como EU, a grande maioria das pessoas que estão por aqui, todos os profissionais que são meus alunos (nutricionistas, pediatras, neurologistas, gastroenterologistas, psiquiatras, endocrinologistas, imunologistas) observam SIM a melhora de muitos sinais e sintomas relacionados ao comportamento, sono, irritabilidade, ansiedade, TOC, aprendizado em pessoas autistas.

Isso acontece para todo mundo? Provavelmente não, mas eu nunca conheci uma pessoa sequer que não tenha melhorado. E quando não há melhora geralmente tem erros de orientação dietética (como exposição à traços, retirar o glúten e manter outros alimentos pró-inflamatórios, ex: comer batata-frita sem glúten, tomar refrigerante sem glúten - contém ironia), que costumam ser os mesmos erros de muitas publicações que insistem em dizer: "não há melhora com a retirada do glúten"



Sabe quando essa história começou? Lá na década de 50/60, os pesquisadores observaram que no período entre guerras o consumo de trigo diminuiu, assim como o número de admissão de pacientes com risco para esquizofrenia.

A relação entre doença celíaca e transtornos do neurodesenvolvimento começou também na década de 50, pois observaram que quando os pacientes eram diagnosticados celíacos e entravam na dieta sem glúten melhoravam nos sinais e sintomas psiquiátricos, e PIORAVAM esses mesmos sintomas mentais quando voltavam a consumir trigo, mesmo que fosse traços.

De lá para cá muita coisa mudou, mas mesmo com tantas informações, tanta evidência, ainda esbarram na RIGIDEZ ALIMENTAR que muitas pessoas têm em consumir trigo todo santo dia. Acredito que esse consumo e a falta de interesse em mudar hábitos também influencie nos pesquisadores na hora de montar o design de muitos estudos, como:

- cegar o estudo? (a não ser que o pão seja da @chefcamilacoelho quero ver você convencer alguém que está comendo um pão com glúten quando na verdade é um sem glúten)
- sensibilidade ao glúten não celíaca E com sensibilidade aos traços (na maioria dos casos celíacos não diagnosticados) e não retiram a exposição
- Orientação dietética individual (pessoas, microbiota, polimorfismos) e substituição de outros alimentos pró-inflamatórios

Gosta de Medicina Baseada em Evidências? Conheça os artigos do AUTNEWS revisados e comentados pela Dra Tielle.

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